
No caso do governo brasileiro, as políticas demográficas sempre foram bastante ambíguas. Oficialmente nenhum governo adotou uma política antinatalista, o que pode ser explicado pela intensa influência dos valores católicos e pela idéia, que por muito tempo dominou o governo e a opinião pública, de que era necessário ocupar o vazio demográfico do interior do país. No entanto, a postura natalista, na prática, nunca foi eficiente no Brasil. O que na realidade vem ocorrendo é que a própria realidade social brasileira vem funcionando como um excelente método antinatalista. Ao encontrarem grande dificuldade na criação dos filhos devido à falta de creches e escolas públicas de qualidade; ao se depararem com o alto índice de desemprego e os salários baixos; ao se sentirem encurralados pelos altos gastos com moradia, transporte e alimentação nas grandes cidades; os brasileiros se encarregam de diminuir drasticamente sua quantidade de filhos. Para se ter uma idéia, a velocidade com que ocorreu a diminuição das taxas de natalidade no Brasil só é comparável a de países que adotaram rígidos programas de controle demográfico, como a China, por exemplo. O problema fica por conta da falta de educação quanto ao método anticoncepcional a ser adotado e sobretudo pela falta de educação sexual. Outros fatores se referem aos métodos naturais contraceptivos como por exemplo a lavagem vaginal após o coito, coisa que é pouco conhecida, pouco divulgada e ou realizada após as relações sexuais na maioria dos mais necessitados. Falta de informações sobre períodos mais férteis das mulheres também é coisa só para as pessoas das classes média ou classe alta. As classes sociais mais desprivilegiadas são as que mais se reproduzem e as que mais se utilizam dos recursos públicos para a fazer os partos, alimentar as crianças lactentes, alimentar as crianças em idade escolar (merendas escolares), consumo de remédios e consultas médicas gratuítas, creches populares dos estados e prefeituras, enfim o descontrole da natalidade ocorre praticamente apenas nas classes mais baixas e pobres da população e não existe uma política de esclarecimento devido à forte interferência dos conceitos religiosos muito presentes em tudo o que se refere ao controle da natalidade humana.
Nossa população está em explosão demográfica desde a revolução industrial que começou na Inglaterra no século XVII por volta de 1650. Veja como é essa progressão geométrica:
1 a 2 bilhões de pessoas entre 1850 a 1925 - 75 anos se passaram.
2 a 3 bilhões de pessoas entre 1925 a 1962 - 37 anos se passaram.
3 a 4 bilhões de pessoas entre 1962 a 1975 - 13 anos se passaram.
4 a 5 bilhões de pessoas entre 1975 a 1985 - 10 anos se passaram.
5 a 6 bilhões de pessoas entre 1985 a 1993 - 8 anos se pasaram.
6 a 7 bilhões de pessoas entre 1993 a 1999 - 6 anos se passaram.
A projeção dessa progressão geométrica indica que a população humana estará crescendo em 1 bilhão de pessoas a mais por ano (1.000.000.000/ano) nos próximos anos!
A população mundial neste ano é de quase 7 bilhões de pessoas.
Esta é uma lista de projeções mensais da população brasileira e mundial.
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